No ano passado, motoristas com suspeita de embriaguez provocaram mais de 325 mil acidentes em todo o país, quase 50% a mais do que o registrado em 2021, segundo os dados da Secretaria Nacional de Trânsito. Nos últimos dois anos, a irresponsabilidade matou mais de 2.400 pessoas.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, só nos dois primeiros meses deste ano, foram 539 acidentes causados por motoristas embriagados.
Alysson Coimbra, médico que faz parte do movimento “Não Foi Acidente”, alerta para os efeitos que qualquer bebida alcoólica traz para quem dirige.
“A presença do álcool no nosso organismo compromete a maioria dos nossos sentidos, a visão, a nossa percepção, a capacidade de julgamento. A gente tem que entender, que por menor que seja a quantidade de álcool é um crime e é proibido dirigir”, explica Coimbra.
Em Minas Gerais, duas pessoas morreram atropeladas por motoristas que assumiram o risco de beber e dirigir.
Larissa Rodrigues de Assis se formou em direito há uma semana e deixou uma filha de oito meses. A família confirmou a morte cerebral da jovem no fim da tarde desta segunda-feira (3).
Ela e uma amiga estavam numa moto atingida por um carro em alta velocidade. Tainá está internada em estado gravíssimo num hospital de Belo Horizonte. Testemunhas disseram que o carro invadiu a pista contrária em alta velocidade para fazer uma ultrapassagem e que o motorista tentou fugir do local.
No boletim de ocorrência, os policiais relataram que ele “estava com hálito etílico muito forte, não conseguindo ficar de pé e estava com olhos avermelhados”.
No fim de semana, o ciclista Eduardo Lobato, de 41 anos, morreu depois de ser atropelado enquanto pedalava na BR-040, na Região Metropolitana de BH. O motorista foi preso em flagrante por embriaguez ao volante e homicídio culposo.
G1