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O Ministério dos Transportes estuda alterar as regras para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), reduzindo para duas as horas mínimas obrigatórias de aulas práticas. A proposta surge como alternativa à extinção completa da obrigatoriedade das aulas, ideia defendida pelo ministro Renan Filho.
Atualmente, quem deseja tirar a habilitação para automóveis precisa cumprir 45 horas teóricas e 20 práticas. O mesmo vale para a categoria de motocicletas, que também exige 20 horas de prática. Para o ministro, o modelo atual encarece excessivamente o processo, que custa em média R$ 5 mil e pode levar até nove meses.
Em nota ao GLOBO, o Ministério confirmou que a redução das horas está em análise, mas ainda não há decisão definitiva. Mesmo com a mudança, a aprovação nas provas teórica e prática seguirá obrigatória. Segundo Renan Filho, a nova regulamentação deve entrar em vigor ainda este ano, por meio de resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), sem necessidade de aprovação pelo Congresso.
Um dos principais argumentos do governo é o alto custo e a burocracia para a obtenção da habilitação. Dados do Ministério indicam que 54% dos CPFs que adquiriram motocicletas no país não possuem CNH — cerca de 20 milhões de brasileiros.
Para tornar o processo mais acessível, o governo estuda oferecer aulas gratuitas on-line e em escolas públicas, além de permitir que os candidatos escolham entre realizar a formação em Centros de Formação de Condutores (CFCs) ou com instrutores autônomos credenciados.
Esses profissionais poderiam utilizar o próprio veículo do aluno, devidamente identificado, e precisariam de certificação emitida pelo Ministério dos Transportes ou pelos Detrans.
Caso aprovada, a proposta representará uma das maiores mudanças no processo de habilitação no país nas últimas décadas, com potencial impacto direto no custo e na democratização do acesso à CNH.
Fonte: Tribunal de Jundiaí



